KaosArte

O Pasto da Koltura do KaosInTheGarden

Sunday, February 26, 2006

LENINE: O mundo visto como um Quadro (muito) Negro

Quadro-Negro

Nos Sub-imundo Mundo Sub-humano
Aos Montes, Sob As Pontes, Sob o Sol
Sem Ar, Sem Horizonte, no Infortúnio
Sem Luz no Fim Do Túnel, Sem Farol
Sem-terra Se Transformam em Sem-teto
Pivetes Logo Se Tornam Pixotes
Meninas, Mini-xotas, Mini-putas, De Pequeninas Tetas Nos Decotes

Quem Vai Pagar a Conta? Quem Vai Lavar a Cruz?
O Último a Sair Do Breu, Acende a Luz

No Topo Da Pirâmide, Tirânica
Estúpida, Tapada Minoria
Cultiva Viva Como a Uma Flor
A Vespa Vesga Da Mesquinharia
Na Civilização Eis a Barbárie
É a Penúria Que Se Pronuncia
Com Sua Boca Oca, Sua Cárie
Ou Sua Raiva e Sua Revelia

Quem Vai Pagar a Conta? Quem Vai Lavar a Cruz?
O Último a Sair Do Breu, Acende a Luz

O Que Prometeu Não Cumpriu
O Fogo Apagou, a Luz Extinguiu.
(in Falange Canibal)


Quadro Negro, outra com Rennó, segue a linha canção-crônica, um retrato, bastante fiel a meu ver, do mundo de hoje. "O ultimo a sair do breu, acenda a luz...", é o mote que usamos para falar dos paradoxos, injustiças e contradições que povoam o nosso planeta. A harmonia do Lobatinho no Theremin deu aquele ar de filme noir. (palavras de Lenine sobre esta música)

0 Comments:

Post a Comment

<< Home